Portfólio

Tuesday, August 28, 2012

E eu também não amo ninguém.

É bem verdade que esse título é uma mentira, amo sim, demasiadamente. Mas não é disso que falo, não desse amor incondicional que tenho sobre os meus, essa coisa que me é rara e cara. Falo do amor romântico mesmo, o amor de namoradinho.

Não tenho namorado, e não pretendo arranjar algum até que seja minimamente útil. Sempre me pareceu meio adolescente falar de amor, mas como esse assunto tem sido recorrente, tenho pensado bastante sobre isso. Podem me atirar uma pedra, tudo certo, mas eu realmente acho que namorar cansa, ter que estar 24 horas ligada em outra pessoa. Talvez o meu modelo de namoro tenha sido equivocado, mas no meu modelo de namoro foi assim, a gente namora 24 horas por dia, sem intervalos para comer, pensar, andar, viver. Não estou de todo reclamando, eu não fui casada, eu morei longe do outro por anos, a pessoa existia, a presença física diária não, mas ele era onipresente, eu o carregava comigo, dia após dia, hora após hora. 
A questão é que como o tempo se percebe, ou eu percebi, que existe algo para além do amor, que é a vontade. O mito do amor romântico, para mim, caiu por terra a muitos anos. A vontade seria algo que norteia nossos dias, é ela quem causa toda essa angústia de ser e estar no mundo, e é ela que deve ser levada a sério. E não essa amarra social do status do compromisso de fidelidade, ou seja o que isso for. Se tu quer alguém, fica com esse alguém, vive com ele, respira a presença dele, mas não de uma forma amarrada, e sim como algo natural e bacana, algo que gire em torno da cumplicidade e não da obrigatoriedade.  

Monday, August 27, 2012

É sintoma de doença grave o medo do sonho. Mas tenho uma capacidade enorme de engolir dúvidas e descobrir forças.

Trecho do Viagem à luta armada, Carlos Eugênio Paz